terça-feira, 31 de março de 2009

Biocombustível já eleva preço de alimentos

Biocombustível já eleva preço de alimentos, diz ONU

Um estudo divulgado pela FAO - o órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - nesta quinta-feira (07) sugere que a crescente demanda por biocombustíveis pode estar levando a uma alta dos preços internacionais de alguns alimentos. Segundo o estudo, os gastos globais com a importação de alimentos devem crescer 5% e atingir um valor recorde de US$ 400 bilhões neste ano. A alta é puxada pelos preços de importação de grãos e óleos vegetais, usados em grande escala na produção de biocombustíveis - sobretudo nos derivados de milho.Ainda de acordo com a FAO, o aumento dos gastos com as importações desses produtos em 2007 chegará a 13% em relação a 2006. “Observando esse dado vemos claramente que a demanda por biocombustíveis é o maior responsável pela subida dos preços (dos alimentos), apesar de ser impossível dizer exatamente qual a porcentagem de culpa atribuída a esse fator”, afirmou à BBC Brasil Abdolreza Abbassian, um dos autores do estudo.Etanol - Só nos Estados Unidos, estima-se que, no período entre 2007 e 2008, serão necessárias 86 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol. Isso representaria 60% a mais (30 milhões de toneladas) do que o total utilizado no período anterior e uma quantidade superior ao volume total de milho exportado em todo o mundo, estimado em 82 milhões de toneladas.“O milho é a principal matéria-prima utilizada na alimentação animal. Um aumento em seu preço se traduz em aumento nos custos de criação de animais e em um conseqüente aumento nos preços de produtos derivados de animais”, explicou Abbassian.Para o consumidor final, o resultado mais visível será o encarecimento da carne, de produtos lácteos e dos óleos vegetais, que já começam a ser observados. De acordo com a FAO, o preço da carne subiu 7,6% em março passado em relação ao mesmo mês em 2006 e o preço dos produtos lácteos aumentou 46% desde novembro passado.No caso do frango, os preços das exportações do Brasil e dos Estados Unidos, que juntos respondem por 70% do comércio mundial, subiram em março passado 14% e 20%, respectivamente, em relação à média de 2006.Mas parte desse comportamento “se deve também a fatores como o clima”, disse Abbassian. De acordo com o especialista, o açúcar é o único produto que ainda não corre risco de subir de preço, apesar de o Brasil, maior produtor mundial, continuar destinando cada vez maiores quantidades de cana para a produção de etanol.“A produção brasileira ainda é maior que a demanda. Mas isso vai mudar a partir do momento em que as nações desenvolvidas decidirem liberalizar o mercado de etanol e eliminarem as tarifas sobre o álcool brasileiro.” (BBC Brasil/ Estadão Online)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Energia das ondas e das Marés.



Tradicionalmente, em muitos países a energia elétrica tem sido gerada pela queima de combustíveis fósseis, mas os temores sobre o custo ambiental ao planeta e a sustentabilidade do consumo contínuo de combustível fóssil estimularam pesquisas de métodos mais limpos de geração de eletricidade a partir de fontes alternativas de energia. Essas fontes incluem a radiação solar, energia do vento, ondas e marés.

ENERGIA DAS ONDAS
Os geradores utilizam o quase incessante movimento das ondas para gerar energia. Uma câmara de concreto construída na margem é aberta ma extremidade do mar de maneira que o nível da água dentro da câmara suba e desça a cada onda sucessiva. O ar acima da água é alternadamente comprimido e descomprimido, acionando uma turbina conectada a um gerador. A desvantagem de se utilizar este processo na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta baixo rendimento.



ENERGIA DAS MARÉS
As barragens de marés utilizam a diferença entre os níveis de água na maré alta e baixa para gerar eletricidade. Elas são construídas sobre as bocas de estuários de marés. Quando a maré sobe, a água pode passar através da barragem, enchendo o estuário atrás da mesma. Com a baixa da maré, as comportas são fechadas e uma cabeceira de água se forma atrás da barragem. A água pode então fluir de volta para o mar, acionando ao mesmo tempo turbinas conectadas a geradores. O ciclo de máres de 12 horas e meia e o ciclo quinzenal de amplitudes máxima e mínima apresentam problemas para que seja mantido um fornecimento regular de energia.

ENERGIA DAS CORRENTES MARÍTIMAS
Também é possível aproveitar a energia das correntes marítimas. As turbinas marítimas têm poucos componentes; engrenagens de posicionamento orientam as lâminas das turbinas na direção da corrente marítima e um gerador acoplado ao eixo da turbina fornece a energia elétrica

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tudo sobre biodiesel



1. O que é biodiesel?


Biodiesel: conceito e funções
Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos tais como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação. Esta última, mais utilizada, consiste numa reação química de óleos vegetais ou de gorduras animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimulada por um catalisador. Desse processo também se extrai a glicerina, empregada para fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos. Há dezenas de espécies vegetais no Brasil das quais se pode produzir o biodiesel, tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja, dentre outras.
O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, etc) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. A mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o biodiesel puro, denominado B100.



2. Quando e onde surgiu o biodiesel?
Surgimento do Biodiesel
O biodiesel já vem sendo pesquisado e já é conhecido desde o início do século passado, principalmente na Europa. É interessante notar que, segundo registros históricos, o Dr. Rudolf Diesel desenvolveu o motor diesel, em 1895, tendo levado sua invenção à mostra mundial em Paris, em 1900, usando óleo de amendoim como combustível. Em 1911, teria afirmado que “o motor diesel pode ser alimentado com óleos vegetais e ajudará consideravelmente o desenvolvimento da agricultura dos países que o usarão”. O que estamos buscando fazer no Brasil é muito semelhante a isso, inicialmente com ênfase na agricultura familiar das regiões mais carentes, como o Nordeste, o Norte e o Semi-Árido brasileiro.



3. Quais os maiores produtores mundiais de biodiesel?
Principais países produtores de biodiesel
Apesar de o motor chamado ciclodiesel ter funcionado inicialmente com óleo vegetal, os baixos preços do petróleo acabaram adiando seu uso. A intensificação das pesquisas e o interesse crescente por combustíveis substitutos do óleo diesel mineral têm sido crescentes depois dos choques do petróleo. A necessidade de reduzir a poluição ambiental deu outro impulso importante. Em 2005, os países da União Européia deverão usar pelo menos 2% de combustíveis renováveis. Em 2010, esse percentual será de 5% e crescerá gradativamente. A Alemanha é responsável por mais da metade da produção européia de combustíveis e já conta com centenas de postos que vendem o biodiesel puro (B100), com plena garantia dos fabricantes de veículos. O total produzido na Europa já ultrapassa 1 bilhão de litros por ano, tendo crescido à taxa anual de 30% entre 1998 e 2002. Essa tendência deverá continuar, mesmo que a taxas menores, o que poderá abrir um mercado importantíssimo para os produtores de biodiesel, como se busca iniciar e consolidar no Brasil.



4. Qual é a experiência brasileira em biodiesel?
Experiência brasileira em biodiesel
O Brasil já foi detentor de uma patente para fabricação de biodiesel, registrada a partir de estudos, pesquisas e testes desenvolvidos na Universidade Federal do Ceará, nos anos de 1970. Essa patente acabou expirando, sem que o País adotasse o biodiesel, mas a experiência ficou e se consolidou ao longo do tempo. Progressos crescentes vêm sendo feitos em diversas universidades, institutos de pesquisa de diversos Estados, havendo grande diversidade de tecnologias disponíveis no País. Existem também empresas que já produzem biodiesel para diversas finalidades. Pode-se dizer que o Brasil já dispõe de conhecimento tecnológico suficiente para iniciar e impulsionar a produção de biodiesel em escala comercial, embora deva continuar avançando nas pesquisas e testes sobre esse combustível de fontes renováveis, como aliás se deve avançar em todas as áreas tecnológicas, de forma a ampliar a competitividade do produto. Em resumo, é só usar e aperfeiçoar o que já temos.



5. Quais as vantagens que o biodiesel apresenta para o Brasil?
Vantagens do biodiesel para o Brasil
Esse combustível renovável permite a economia de divisas com a importação de petróleo e óleo diesel e também reduz a poluição ambiental, além de gerar alternativas de empregos em áreas geográficas menos atraentes para outras atividades econômicas e, assim, promover a inclusão social. A disponibilização de energia elétrica para comunidades isoladas, hoje de elevado custo em função dos preços do diesel, também deve ser incluída como forma de inclusão, que permite outras, como a inclusão digital, o acesso a bens, serviços, informação, à cidadania e assim por diante. Há que se considerar ainda uma vantagem estratégica que a maioria dos países importadores de petróleo vem inserindo em suas prioridades: trata-se da redução da dependência das importações de petróleo, a chamada “petrodependência”. Deve-se enfatizar também que a introdução do biodiesel aumentará a participação de fontes limpas e renováveis em nossa matriz energética, somando-se principalmente à hidroeletricidade e ao álcool e colocando o Brasil numa posição ainda mais privilegiada nesse aspecto, no cenário internacional. A médio prazo, o biodiesel pode tornar-se importante fonte de divisas para o País, somando-se ao álcool como fonte de energia renovável que o Brasil pode e deve oferecer à comunidade mundial.



6. Quanto o Brasil pode economizar em divisas com o biodiesel?
Biodiesel e economia de divisas Em 2003, o consumo nacional de diesel foi da ordem de 38 milhões de m 3 . Desse total, cerca de 10% foram importados, a um custo de aproximadamente US$ 800 milhões. Com o uso do B2 (mistura de 2%), o Brasil poderá substituir 760 milhões de m³ por ano. A utilização de B10 permitiria a substituição total do diesel importado. Mas essa é apenas uma parte da vantagem econômica, pois temos que considerar também o agronegócio vinculado ao biodiesel, que abrange a produção de matérias-primas e insumos agrícolas, assistência técnica, financiamentos, armazenagem, processamento, transporte, distribuição, etc. Juntas, essas atividades geram efeitos multiplicadores sobre a renda, emprego e base de arrecadação tributária e alavancam o processo de desenvolvimento regional, o que pode ser potencializado, a médio prazo, com as exportações desse novo combustível. Dados relativos ao agronegócio brasileiro indicam que cada Real de produção agropecuária transforma-se em três Reais quando se considera a média desses efeitos multiplicadores, os quais tendem a crescer na medida em que se avança no processo de produção e exportação de produtos com maior valor agregado



7. Quais as vantagens ambientais de o Brasil produzir e usar biodiesel?
Benefícios ambientais do biodiesel
Reduzir a poluição ambiental é hoje um objetivo mundial. Todo dia tomamos conhecimento de estudos e notícias indicando os males do efeito estufa. O uso de combustíveis de origem fóssil tem sido apontado como o principal responsável por isso. A Comunidade Européia, os Estados Unidos, Argentina e diversos outros países vêm estimulando a substituição do petróleo por combustíveis de fontes renováveis, incluindo principalmente o biodiesel, diante de sua expressiva capacidade de redução da emissão de diversos gases causadores do efeito estufa, a exemplo do gás carbônico e enxofre. Melhorar as condições ambientais, sobretudo nos grandes centros metropolitanos, também significa evitar gastos dos governos e dos cidadãos no combate aos males da poluição, estimados em cerca de R$ 900 milhões anuais. Além disso, a produção de biodiesel possibilita pleitear financiamentos internacionais em condições favorecidas, no mercado de créditos de carbono, sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto.


8. Qual a relação entre biodiesel e o Protocolo de Kyoto e quais as possíveis vantagens desse mecanismo para o Brasil e os produtores brasileiros?
Biodiesel e o Protocolo de Kyoto
O mercado de créditos de carbono, previsto no Protocolo de Kyoto, já vem realizando algumas operações, mesmo sem a adesão da Rússia. A vantagem consiste, basicamente, em financiar empreendimentos que contribuam para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa tais como o gás carbônico e o enxofre, dentre outros. Assim, os empreendimentos são financiados em condições especiais, como estímulo à sua contribuição para a melhoria das condições ambientais do Planeta. Para os empreendimentos, as vantagens são, portanto, indiscutíveis. Sob o ponto de vista do País, abre-se uma nova fonte de financiamento do processo de desenvolvimento, em condições muito vantajosas, permitindo que o Governo redirecione recursos para outras áreas prioritárias, como educação, saúde, infra-estrutura e assim por diante. Não se pode deixar de mencionar, também, o impacto favorável sobre a imagem do País no exterior, na medida em que projetos brasileiros sejam beneficiados com número crescente de financiamentos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A atenção ao meio ambiente é uma das formas mais eficazes de projetar o nome de um país no cenário internacional, diante da visibilidade e da importância crescente do tema ambiental. A adesão da Rússia ao Protocolo de Kyoto, que permitirá sua entrada em vigor a partir de 16 de fevereiro de 2005 representa, a um só tempo, o fortalecimento do mercado de carbono e um indicador indiscutível sobre a importância crescente com que a comunidade internacional vem tratando da questão ambiental. Cabe assinalar, a propósito, que a Rússia, embora tenha se negado, inicialmente, a assinar o Protocolo, acabou decidindo mudar seu posicionamento diante das repercussões negativas que vinha recolhendo no cenário internacional.

9. Por que o biodiesel promove a inclusão social?
Biodiesel e Inclusão Social
Além das vantagens econômicas e ambientais, há o aspecto social, de fundamental importância, sobretudo em se considerando a possibilidade de conciliar sinergicamente todas essas potencialidades. De fato, o cultivo de matérias-primas e a produção industrial de biodiesel, ou seja, a cadeia produtiva do biodiesel, tem grande potencial de geração de empregos, promovendo, dessa forma, a inclusão social, especialmente quando se considera o amplo potencial produtivo da agricultura familiar. No Semi-Árido brasileiro e na região Norte, a inclusão social é ainda mais premente, o que pode ser alcançado com a produção de biodiesel de mamona e de palma (dendê). Para se ter uma visão geral sobre a criação de novos postos de trabalho, é suficiente registrar que a adição de 2% de biodiesel ao diesel mineral poderá proporcionar o emprego de mais de 200 mil famílias. Para estimular ainda mais esse processo, o Governo está lançando também o selo Combustível Social, um conjunto de medidas específicas visando estimular a inclusão social da agricultura nessa importante cadeia produtiva que terá início com o B2 e depois crescerá gradativamente.


10. O Brasil vai produzir somente o biodiesel de mamona e de dendê?
Matérias-primas brasileiras para produção de biodiesel
Empregar uma única matéria-prima para produzir biodiesel num País com a diversidade do Brasil seria um grande equívoco. Na Europa se usa predominantemente a colza, por falta de alternativas, embora se fabrique biodiesel também com óleos residuais de fritura e resíduos gordurosos. Em nosso caso temos dezenas de alternativas, como o demonstram experiências realizadas em diversos Estados com mamona, dendê, soja, girassol, pinhão manso, babaçu, amendoim, pequi, etc. Cada cultura desenvolve-se melhor dependendo das condições de solo, clima, altitude e assim por diante. A mamona é importante para o Semi-Árido, por se tratar de uma oleaginosa com alto teor de óleo, adaptada às condições vigentes naquela região e para cujo cultivo já se detém conhecimentos agronômicos suficientes. Além disso, o agricultor familiar nordestino já conhece a mamona. O dendê será, muito provavelmente, a principal matéria-prima na região Norte.
Às vezes se comenta que o Brasil não vai produzir biodiesel de soja, por exemplo. Na verdade, o objetivo do Governo Federal com o PNPB é promover a inclusão social e, nessa perspectiva, tudo indica que as melhores alternativas para viabilizar esse objetivo nas regiões mais carentes do País são a mamona, no Semi-Árido, e o dendê, na região Norte, produzidos pela agricultura familiar. Diante disso, será dado tratamento diferenciado a esses segmentos e os Estados também deverão fazê-lo, não apenas na esfera do ICMS, mas de outras iniciativas e incentivos. Em Pernambuco, por exemplo, já se cogita criar um pólo ricinoquímico na região do Araripe, mas há vários outros exemplos. Entretanto, uma vez lançadas as bases do PNPB, como se está fazendo agora, todas as matérias-primas e rotas tecnológicas são candidatas em potencial. Isso vai depender das decisões empresariais, do mercado e da rentabilidade das diferentes alternativas. Ao Governo não cabe fazer as escolhas, mas sim estimular as alternativas que mais contribuam para gerar empregos e renda, ou seja, promover a inclusão social. Mas não há dúvida de que a soja, tanto diretamente, como mediante a utilização dos resíduos da fabricação de óleo e torta, será uma alternativa importante para a produção de biodiesel no Brasil, sobretudo nas regiões com maior aptidão para o desenvolvimento dessa cultura.



11. Qual a tecnologia recomendada pelo Governo para produção de biodiesel?
Tecnologias de Produção do Biodiesel
Existem processos alternativos para produção de biodiesel, tais como o craqueamento, a esterificação ou a transesterificação, que pode ser etílica, mediante o uso do álcool comum (etanol) ou metílica, com o emprego do metanol. Embora a transesterificação etílica deva ser o processo mais utilizado, em face da disponibilidade do álcool, ao Governo não cabe recomendar tecnologias ou rotas tecnológicas, como se diz tecnicamente, porque essas devem ser adaptadas a cada realidade. Diante de nossas dimensões continentais e diversidade, não precisamos e não devemos optar por uma única rota. O papel do Governo é o de estimular o desenvolvimento tecnológico na área do biodiesel, como já vem fazendo, por meio de convênios entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e fundações estaduais de amparo à pesquisa, para permitir que possamos produzir esse novo combustível a custos cada vez menores. É preciso estimular o que usualmente se chama de curva de aprendizado, permitindo que nosso biodiesel seja cada vez mais competitivo, como ocorreu com o álcool, por exemplo, e com inúmeros outros produtos.



12. Qual a proporção do óleo vegetal que compõe o Biodiesel?
O biodiesel é produzido pela reação do óleo vegetal com um álcool de cadeia curta (metanol ou etanol). Como regra geral, podemos dizer que 100 kg de óleo reagem com 10 kg de álccol gerando 100 kg de biodiesel e 10 kg de glicerina.



13. Qual é a cor e odor do Biodiesel?
A cor e o odor do biodiesel variam um pouco em relação ao óleo vegetal escolhido como matéria prima. Em geral, o produto é amarelo podendo ser muito claro ou mesmo alaranjado. O odor é parecido com o do óleo vegetal de origem.

terça-feira, 24 de março de 2009

Ministro confirma investimentos no pré-sal em seminário da Opep



















Edison Lobão participou de seminário em Viena


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta quinta-feira (19), no Seminário Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena, os investimentos brasileiros na plataforma continental do sudeste do País, denominada pré-sal. O ministro explicou que serão necessários US$ 270 bilhões de investimentos nos próximos dez anos e que o dinheiro viria de recursos da Petrobras em parceria com companhias internacionais e bancos de desenvolvimento. Lobão destacou que mesmo com a crise financeira mundial o Brasil está vivendo um momento histórico com a nova descoberta e que o País está aperfeiçoando o marco legal vislumbrando a nova perspectiva de aumento da produção nacional de petróleo e gás natural. O ministro afirmou que, para o período de 2008 a 2017, o Brasil prevê investimentos em energia de US$ 352 bilhões, sendo US$ 246 bilhões na área de petróleo e gás natural; US$ 83 bilhões em energia elétrica e US$ 23 bilhões em biocombustíveis. “Entre os grandes desafios que teremos está o de virar exportador de petróleo e derivados. Para isso, a produção deverá sair dos atuais 2 milhões de barris/dia, para um volume superior a 3 milhões e 500 mil barris/dia”, disse Lobão. Para Edison Lobão ao se confirmarem as expectativas do potencial petrolífero do pré-sal, o Brasil avançará em sua segurança energética e terá condição básica para o crescimento da indústria em geral e, principalmente, da indústria de base do setor petrolífero. Lobão garantiu ainda que o marco regulatório em estudo deverá respeitar os contratos em vigor e garantir que os recursos provenientes do petróleo possam ser utilizados em benefício da sociedade, para redução da pobreza e melhoria da educação. Biocombustíveis O ministro também falou sobre biocombustíveis. Afirmou que a produção brasileira de etanol deverá crescer 150% nos próximos dez anos, passando de 25 bilhões de litros, em 2008, para 64 bilhões de litros em 2017. A demanda de etanol também crescerá. Passará de 20 bilhões de litros atuais para 53 bilhões de litros. Esse crescimento permitirá que, em 2017, o Brasil passe a exportar 8 bilhões de litros de álcool, 3 bilhões a mais que em 2008, consolidando-se como o maior exportador de etanol do mundo. Lobão destacou nossa produção de veículos flex-fuel. Explicou que do total de 2,8 milhões de veículos leves vendidos no Brasil em 2008, 83 % utiliza essa tecnologia, que permite o uso da mistura de álcool e de gasolina em qualquer proporção. O biodiesel também recebeu destaque. Segundo o ministro, “nosso mais novo combustível” poderá ter sua mistura ao diesel de petróleo ampliada dos atuais 3% para 4% ainda em 2009, e para 5% a partir de 2010. “O Brasil tem larga experiência na produção e uso dos biocombustíveis que, de forma sustentável, atende não só aos requisitos econômicos, sociais e ambientais, mas também à segurança energética”, explicou Lobão. Sobre a polêmica em relação ao tema produção de energia versus produção de alimentos, o ministro incisivo. Explicou que a quantidade de terra utilizada para a plantação de cana de açúcar e de oleaginosas é de 6,4 milhões de hectares, que correspondem a 0,8% da área total do Brasil ou menos de 2% de sua área cultivável. “Dessa forma, no Brasil, a produção de energia com origem na agricultura está muito longe de competir com a produção de alimentos”, disse Lobão. Para o ministro, a experiência brasileira mostra a viabilidade da produção da chamada energia verde. Ele afirmou que podemos, de modo simultâneo, ampliar a bioenergia e os alimentos e que há um fator determinante para que o mundo não perceba o potencial da produção e do uso dos biocombustíveis. “Os biocombustíveis, na realidade, são fatores de melhoria da qualidade dos combustíveis fósseis e da gestão ambiental. Ou seja, na discussão de metas de mistura de combustíveis, eles contribuem para a sustentabilidade da indústria do petróleo, em um mercado cada vez mais restritivo nas especificações e nos limites estabelecidos de emissões de poluentes”, finalizou. Assessoria de Comunicação Ministério de Minas e Energia

quinta-feira, 19 de março de 2009

Edição traz dossiê sobre energia no Brasil


Nesse momento em que se discutem mudanças na matriz energética do país, a revista "Estudos Avançados" apresenta em sua edição nº 59 um dossiê dedicado aos problemas brasileiro no setor.
Os textos tratam da geração de eletricidade por usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, produção de biocombustíveis, gás natural, uso racional de energia, mudanças energéticas no século 21, impactos sociais e ambientais das várias opções energéticas e riscos das usinas nucleares.
De acordo com Marco Antônio Coelho, editor executivo da revista, uma das conclusões a que se chega diante dos aspectos e divergências levantados no dossiê é a da urgência de uma "participação maior no debate daqueles que podem influir nos rumos do país, sobretudo integrantes do Congresso Nacional, dos meios acadêmicos, da imprensa e de organizaçãos não-governamentais".
Segundo Coelho, os textos revelam a extensão, o emaranhado e a profundidade das contradições decorrentes da necessidade de desenvolvimento da produção de energia no Brasil: "São conflitos que aparecem em pronunciamentos de figuras de destaque do governo federal e que ganham repercussão pública graças à disputa acirrada entre grupos de pressão (lobbies) que atuam nos bastidores e na mídia".
O dossiê não procura apresentar soluções para os problemas energéticos brasileiros, mas sim contribuir com a reflexão da sociedade sobre os melhores caminhos para o país enfrentar esse desafio. Essa é a razão de a revista apresentar artigos com pontos de vista divergentes sobre os principais nós do Brasil no setor.
Uma primeira divergência presente no dossiê é a existência de opiniões diferentes sobre as previsões a respeito da demanda de energia nos próximos anos, o que implica obviamente em propostas diversas a respeito das decisões a serem adotadas. Alguns artigos destacam que, em geral, iniciativas para incremento da produção de energia provocam problemas ambientais, "por isso é fundamental a busca de soluções que sejam as menos nocivas", comenta Coelho. Um dos textos que ressaltam esse aspecto é o de Carlos Vainer sobre "As Questões Sociais e Ambientais na Utilização de Recursos Hidráulicos".
Os textos de José Roberto Pereira Novaes e Guilherme Dias tratam, respectivamente, das condições de trabalho nos canaviais e da possibilidade de prejuizo à produção de alimentos, "aspectos geralmente negligenciados nas análises divulgadas na mídia sobre a importância da produção do etanol e outros biocombustíveis".
Coelho destaca que há uma campanha estridente para o governo aplicar imediatamente uma massa de recursos financeiros elevados na construção de usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares e em oleodutos, gasodutos e outras obras: "A justificativa apresentada é a de uma ameaça de apagão a curto prazo. Por outro lado, deixam-se de lado advertências para a necessidade de uma política energética racional, eficiente e competitiva, alerta feito em documento da ONG WWF-Brasil, elaborado por um conjunto de especialistas da Unicamp. O documento afirma que a adoção das recomendações que sugere significaria uma economia de 33 bilhões de reais na conta nacional de eletricidade nos próximos 13 anos".
Os textos que tratam da utilização da energia nuclear apresentam uma clara discordância. Carlos Alvim, Carley Martins e outros são favoráveis. José Goldemberg, Luiz Pinguelli Rosa e Ignacy Sachs, contrários. Há inclusive um relato sobre a decisão sueca de gradualmente reduzir o número de suas usinas nucleares, que chegaram a responder por 50% da energia elétrica consumida no país.
Quanto ao setor hidrelétrico, Coelho comenta que "o governo federal anuncia diversos projetos para a construção de hidrelétricas na bacia do rio Amazonas. Todavia, os problemas decorrentes da construção de Tucuruí, Samuel, Balbina e outras usinas indicam que a exploração da hidroenergia na região exige o respeito aos processos ecológicos, hidrossociais e hidrotécnicos da Amazônia". Essa análise é feita em artigo de José Galizia Tundisi.
O dossiê também discute a situação em outras bacias, onde projetos de usinas são motivo de conflitos em razão de possíveis problemas sociais e ambientes, como é o caso da bacia do rio São Francisco e na do Ribeira do Iguape. Segundo Coelho, esse conflitos "contrariam o parecer daqueles que apontam a possibilidade de aumento imediato na produção das centrais já instaladas e de instalação de pequenas centrais em paralelo a outras iniciativas energéticas, como o uso de biocombustíveis".
Um exemplo desse tipo desse tipo de situação é lembrado por Célio Bermann em seu artigo: a oposição da população do Vale do Ribeira, em São Paulo, desde os anos 90 ao projeto do Grupo Votorantim de construir uma grande usina em área da Serra do Mar, para utilização da energia na produção de alumínio. Coelho destaca que esse conflito alerta para uma questão que exige um exame cauteloso: "Em que medida é justificável ampliar o uso de recursos hidráulicos e energéticos em setores industriais que consomem intensamente energia com o propósito de exportar commodities, como sucede em Tucuruí?"






EDITORIAL
Na atual conjuntura nacional já é consenso amarrar fortemente duas palavras-chave: desenvolvimento e energia. Entretanto, a mesma concordância, expressa nessa equação, não ocorre quando se vai à procura de soluções específicas. Na hora das grandes decisões estratégicas, impõe-se a pergunta espinhosa: – Que fontes de energia escolher prioritariamente?
E sobem à tona questões fundamentais que essa pergunta envolve: – Como conciliar alto rendimento, custos acessíveis, respeito ao trabalhador e defesa do ambiente? – Quais caminhos trilhar evitando os riscos graves, especialmente os irreversíveis?
Tendo em vista a complexidade da questão, a editoria de estudos avançados preferiu organizar o Dossiê Energia apresentando, lado a lado, as várias soluções propostas e ressaltando os seus aspectos positivos e negativos.

Um olhar no Sumário da revista confirma a amplitude do espectro. Além de textos mais gerais, contemplaram-se a geração hidrelétrica, a nuclear, bem como o uso do gás, do etanol e do biodiesel. A motivação central das propostas é enfrentar os padrões inquietantes de consumo de energia baseada em fontes fósseis, notoriamente poluentes e suspeitas de causar o efeito estufa.
Esperamos abordar nas próximas edições as possibilidades da energia solar e da energia eólica, ambas promissoras, dadas as condições climáticas do país.


terça-feira, 17 de março de 2009

Catanduva é destaque em pesquisas econômicas



Catanduva é destaque em pesquisas econômicas

Percentual com que a agregação geográfica participa no PIB do Estado.

PIB é o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtivas, ou seja, a soma dos valores adicionados acrescida dos impostos.


Distante 387 km de São Paulo, na região de São José do Rio Preto, a “Capital Nacional dos Ventiladores” é responsável por cerca de 90% da produção nacional do eletrodoméstico. Mas os ventiladores não são os únicos produtos que movimentam a economia. Situada na quarta maior região sucroalcooleira do Estado, Catanduva tem na cana-de-açúcar outra forte fonte de riquezas, seguida pelo plantio de laranjas e limão tahiti. A cidade, que deve grande parte de seu PIB à agroindústria e que teve sua história ligada à cultura do café, curiosamente não leva a vocação no nome.
Na língua indígena, Catanduva significa “mato cerrado” ou “terra ruim”. Fundada em 1918 e povoada por imigrantes árabes, espanhóis, japoneses e italianos, a cidade de mais de 100 mil habitantes é hoje pólo micro regional, com bom setor de serviços, comércio e indústria, além de uma alta frota de carros: há um automóvel para cada 1,6 morador, número superior ao da capital.

· Numeros divulgados pela (Facesp)em novembro,aponta que Catanduva é a lider regional em volume exportado.De janeiro a setembro de 2005, as empresas do municipio movimentaram US$100milhões, volume que representa 33% de crescimento em relação ao mesmo periodo de 2004, quando a cidade exportou US$75,1milhões.

· Em dinheiro, segundo a Facesp Catanduva fica á frente de cidades como São José do Rio Preto, que exportou de janeiro a setembro deste ano US$9,6 milhões depois de um timido crescimento (3,2%) em relação a 2004 quando movimentou US$9,3 milhões.

· Os destaques da economia catanduvense são as empresas do setor sucroalcooleiro que exportam açúcar e alcool. Alem delas há outras empresas responsaveis pelo saldo positivo.A produção de peças metalurgicas para uso em tratores e implementos agricolas por exemplo seguem para Bolivia ,Paraguai,Uruguai e Colombia.

· Região -Alem de Catanduva outras cidades da região também obtêm faturamento a partir de exportações Itajobi movimentou US$3,3milhões com destaque para exportação de limão apesar disso a cidade apresentou recuo de 14% no valor exportado se comparado com o mesmo periodo de 2004.Novo Horizont6e teve um crescimento de 108% no volume exportado atingindo US$8,6 milhões nos noves primeiros meses deste ano. O ano de 2005 também registrou grande crescimento nas exportações de Urupês.A cidade saiu de US$844,4 mil movimentados em 2004 para US$1,8 milhão este ano um aumento de 124%
48° mais Rica do Estado .

A última pesquisa da (Seade) divulgada em novembro sobre o (PIB) relativo a 2003 revelou que Catanduva é a 48° cidade mais rica do Estado que conta com 645 municípios . O PIB representa a soma em valores financeiros de toda a produção econômica de uma região.

De acordo com o estudo, Catanduva gerou R$ 1,4 milhões em riquezas valor 104% superior ao produzido em 1999, quando lucrou R$714,3 mil.

Pesquisa e contribuição da aluna Isabella Domingues Morelli

Indicação de filme (documentário) Powaqqatsi

Sinopse:Powaqqatsi é um documentário lançado em 1998 dirigido por Godfrey Reggio com música do compositor Philip Glass.É o segundo filme da trilogia Qatsi, que é composta juntamente com os documentários Koyaanisqatsi (1983) e Naqoyqatsi (2002).Powaqqatsi vem da língua Hopi e quer dizer "vida em transformação".Como os demais filmes da trilogia, não são apresentadas narrativas ou diálogos durante todo documentário. Apenas no final é revelado o significado do nome powaqqatsi.Os filmes da trilogia estruturam-se num tripé: o encadeamento conceitual, a carga imagética e o rítmo musical. Godfrey Reggio, Ron Fricke e Phillip Glass, respectivamente e, obviamente, com inter-relações.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dossiê Energia - O mundo movido a petróleo



Os combustívies fóssies respondem por 81% da matriz de energia global...mas o mundo já sabe que, no futur
o, vai depender de fontes alternativas.

  • 35% petróleo
  • 25,3% carvão vegetal
  • 20,7% gás natural
  • 10% biomassa
  • 6,3% energia nuclear
  • 2,2% energia hidrelétrica
  • 0,5% outras fontes renováveis
  • 10% biomassa

Abertura


Inspirados pelo artigo publicado na revista do professor Atualidades, e com a ajuda do aluno Lucas Donato do 3º A da EE Nicola Mastrocola de Catanduva - Sp , decidimos abrir este espaço para socializar na nossa comunidade escolar os trabalhos produzidos pelos alunos , além de temas da Atualidade e de interesse da nossa comunidade escolar.

Profª Mara Regina Antunes Barretto