terça-feira, 24 de março de 2009

Ministro confirma investimentos no pré-sal em seminário da Opep



















Edison Lobão participou de seminário em Viena


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta quinta-feira (19), no Seminário Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena, os investimentos brasileiros na plataforma continental do sudeste do País, denominada pré-sal. O ministro explicou que serão necessários US$ 270 bilhões de investimentos nos próximos dez anos e que o dinheiro viria de recursos da Petrobras em parceria com companhias internacionais e bancos de desenvolvimento. Lobão destacou que mesmo com a crise financeira mundial o Brasil está vivendo um momento histórico com a nova descoberta e que o País está aperfeiçoando o marco legal vislumbrando a nova perspectiva de aumento da produção nacional de petróleo e gás natural. O ministro afirmou que, para o período de 2008 a 2017, o Brasil prevê investimentos em energia de US$ 352 bilhões, sendo US$ 246 bilhões na área de petróleo e gás natural; US$ 83 bilhões em energia elétrica e US$ 23 bilhões em biocombustíveis. “Entre os grandes desafios que teremos está o de virar exportador de petróleo e derivados. Para isso, a produção deverá sair dos atuais 2 milhões de barris/dia, para um volume superior a 3 milhões e 500 mil barris/dia”, disse Lobão. Para Edison Lobão ao se confirmarem as expectativas do potencial petrolífero do pré-sal, o Brasil avançará em sua segurança energética e terá condição básica para o crescimento da indústria em geral e, principalmente, da indústria de base do setor petrolífero. Lobão garantiu ainda que o marco regulatório em estudo deverá respeitar os contratos em vigor e garantir que os recursos provenientes do petróleo possam ser utilizados em benefício da sociedade, para redução da pobreza e melhoria da educação. Biocombustíveis O ministro também falou sobre biocombustíveis. Afirmou que a produção brasileira de etanol deverá crescer 150% nos próximos dez anos, passando de 25 bilhões de litros, em 2008, para 64 bilhões de litros em 2017. A demanda de etanol também crescerá. Passará de 20 bilhões de litros atuais para 53 bilhões de litros. Esse crescimento permitirá que, em 2017, o Brasil passe a exportar 8 bilhões de litros de álcool, 3 bilhões a mais que em 2008, consolidando-se como o maior exportador de etanol do mundo. Lobão destacou nossa produção de veículos flex-fuel. Explicou que do total de 2,8 milhões de veículos leves vendidos no Brasil em 2008, 83 % utiliza essa tecnologia, que permite o uso da mistura de álcool e de gasolina em qualquer proporção. O biodiesel também recebeu destaque. Segundo o ministro, “nosso mais novo combustível” poderá ter sua mistura ao diesel de petróleo ampliada dos atuais 3% para 4% ainda em 2009, e para 5% a partir de 2010. “O Brasil tem larga experiência na produção e uso dos biocombustíveis que, de forma sustentável, atende não só aos requisitos econômicos, sociais e ambientais, mas também à segurança energética”, explicou Lobão. Sobre a polêmica em relação ao tema produção de energia versus produção de alimentos, o ministro incisivo. Explicou que a quantidade de terra utilizada para a plantação de cana de açúcar e de oleaginosas é de 6,4 milhões de hectares, que correspondem a 0,8% da área total do Brasil ou menos de 2% de sua área cultivável. “Dessa forma, no Brasil, a produção de energia com origem na agricultura está muito longe de competir com a produção de alimentos”, disse Lobão. Para o ministro, a experiência brasileira mostra a viabilidade da produção da chamada energia verde. Ele afirmou que podemos, de modo simultâneo, ampliar a bioenergia e os alimentos e que há um fator determinante para que o mundo não perceba o potencial da produção e do uso dos biocombustíveis. “Os biocombustíveis, na realidade, são fatores de melhoria da qualidade dos combustíveis fósseis e da gestão ambiental. Ou seja, na discussão de metas de mistura de combustíveis, eles contribuem para a sustentabilidade da indústria do petróleo, em um mercado cada vez mais restritivo nas especificações e nos limites estabelecidos de emissões de poluentes”, finalizou. Assessoria de Comunicação Ministério de Minas e Energia

Nenhum comentário:

Postar um comentário